terça-feira, 17 de abril de 2007

Cinema: Mostra de filmes e Debates sobre a Globalização


(A sign on the wall outside the Union Carbide factory in Bhopal, India, where a 1984 chemical disaster took between 4,000 and 15,000 lives (estimates vary widely). People continue to suffer today because the site of the disaster has never been properly remediated.)


» Terça (17)


16h45 - Por um comércio eqüitativo. De Jean Lefaux, Martine Bouquin. Cores. Duração 47’.

Embora o planeta se enriqueça cada vez mais, a economia dos países do Sul não consegue erradicar o círculo vicioso da miséria, sendo excluída do mercado mundial. Frente a uma economia neoliberal submetida às flutuações aleatórias do mercado, um certo número de pessoas decidiram instaurar uma maior eqüidade entre produtores e consumidores. O documentário dá a palavra aos protagonistas da produção de cacau e nos apresenta o "comércio eqüitativo" como uma outra via possível para a economia mundial, baseada em regras e valores mais humanos. (Sala João Cardoso Ayres)


17h35 - O Combate dos Juizes. (França, 2000). De Yves Billy. Cores. Duração 52’.

A criação dos Tribunais Penais Internacionais para a Iugoslávia e para Ruanda, com a finalidade de julgarem os crimes de guerra contra a humanidade e os genocídios, tornaram-se etapas necessárias na constituição de uma Corte Penal Internacional. A tenacidade de determinados homens e mulheres terminou por convencer numerosos Estados da eficácia e do potencial desses procedimentos excepcionais. O direito internacional ganha, assim, em legitimidade e abre caminho para outros recursos que no futuro serão possíveis, para que sejam respeitados os direitos humanos, econômicos e sociais de todos. (Sala João Cardoso Ayres)


18h30 - The Corporation + Debate. De Jennifer Abbott e Mark Achbar. Cores. Duração 135’.

A partir da polêmica decisão da Suprema Corte de Justiça americana que atribui às corporações o status de "pessoa", são analisados os poderes destes organismos. Neste documentário, Mark Achbar e Jennifer Abbot mostram as repercussões da hegemonia das corporações na sociedade e na vida das pessoas (a exploração da mão-de-obra barata nos paises em desenvolvimento, a devastação do meio ambiente...). Baseado no best seller The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power, foram convidados CEOs, lobistas, gurus, espiões, jogadores, hipotecários, corretores de títulos e estudiosos para revelar o trabalho, impactos controversos e futuros possíveis de quatro grandes corporações. O documentário apresenta entrevistas de presidentes da Nike, Shell e IBM, além de Noam Chomsky, Milton Friedman e Michael Moore. (Cinema da Fundação)

Debatedores: Ernani Carvalho e Ivan Moraes


» Quarta (18)


17h - Uma Empresa Decente + Debate. (França/Finlândia, 2004). De Thomas Balmès. Cores. Duração 79’.

Ter lucros ou guiar-se por princípios morais? A questão é crucial para uma empresa como a Nokia, que está transferindo a sua produção para a China, país em que a mão de obra é barata. Seu "especialista em civilidade" visita, então, a fábrica chinesa para ver como se organiza o seu fornecedor e para tentar remediar as conseqüências da transferência de mão de obra para o exterior: corrupção, direitos humanos, higiene e habitação deixadas de lado. Mas, o que é uma empresa correta? Se as multinacionais têm tentado se dotar de uma nova imagem ética, a questão da responsabilidade social estendida aos serviços terceirizados permanece sendo um dos grandes desafios da globalização. (Cinema da Fundação)

Debatedores: Ana Cristina Fernandes e Filipe Reis Melo.

19h15 - Operárias do Mundo + Debate. (França/Bélgica, 2000). De Marie-France Collard. Cores. Duração 57’.

No outono de 1998, a marca Levi’s anuncia a sua intenção de reestruturar as suas atividades na Europa, transferindo para o exterior seus locais de produção. Na Bélgica e na França, operárias vivem seus últimos meses de trabalho na fábrica, enquanto que na Turquia, nas Filipinas e na Indonésia outras operárias lhes fazem, involuntariamente, uma concorrência fatal, sem no entanto recolher os respectivos frutos. Ao ritmo de seus combates e negociações, um sentimento de impotência persiste, face à lógica implacável da globalização econômica. (Cinema da Fundação)


» Quinta (19)

17h - O Banqueiro dos Humildes. (França/Índia, 2000). De Amirul Arham. Cores. Duração 52’.

Em Bangladesh, Muhammed Yunus, economista de renome, aceitou o desafio de só conceder empréstimos aos pobres, sem preconceitos econômicos ou políticos. Criou, assim, o primeiro banco de micro-crédito, o Grameen Bank. O princípio é simples: permitir que os mais desfavorecidos e em particular as mulheres possam ter acesso ao capital para financiar suas atividades. Esta revolução silenciosa afeta milhões de indivíduos, reinventando duravelmente a relação entre o banqueiro e os seus clientes. E se a miséria deixasse de ser uma fatalidade? (Sala João Cardoso Ayres)

18h - Nossos Amigos do Banco. (França, 1997). De Peter Chappell. Cores. Duração 84’.

A dívida dos países do Sul estaria nas mãos de uma meia dúzia de pessoas, em Washington, numa instituição financeira pouco conhecida, o Banco Mundial? Durante vários meses, são realizadas negociações entre o Banco Mundial e um país paralisado pelo seu endividamento excessivo : Uganda. Esta pesquisa de campo realça os mecanismos da tomada de decisão no mais alto nível e o envolvimento determinante do Banco Mundial e do FMI no funcionamento dos países do Sul. (Sala João Cardoso Ayres)

Debatedores: Clovis Cavalcanti e José Alexandre Ferreira Filho


20h - O Pesadelo de Darwin (reprise). Cinema da Fundação

bjos de música,


pauliño

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